Semana passada, tive a oportunidade ler um estudo encomendado pela Dell Technologies, que projeta o impacto das novas tecnologias na sociedade. O relatório apresentou que, na próxima década, todas as organizações e os negócios terão como base a tecnologia. O estudo prevê que, graças ao avanço tecnológico, até 2030, aproximadamente 85% das profissões serão novas, ou seja, ainda nem foram inventadas.

Em contrapartida, o estudo também projeta que a tecnologia não irá necessariamente substituir os profissionais, mas vai impactar, principalmente, a forma de buscar um trabalho. Ou seja, as empresas irão procurar cada vez mais colaboradores para executar tarefas específicas e não apenas ocuparem uma posição dentro das suas estruturas, e para encontrar as pessoas com competências e os conhecimentos necessários, vão usar soluções de machine learning (aprendizado de máquina).

Dessa maneira, o que deve acontecer de fato é uma parceria entre humanos e máquinas para juntos superarem limitações. A tecnologia tende a funcionar como uma extensão das pessoas, ajudando a direcionar e gerenciar melhor as atividades do dia-a-dia.

Lendo esse estudo, notei que provavelmente meu filho (hoje com 10 anos de idade) irá trabalhar com algo que ainda não existe, uma profissão que eu nunca ouvi falar.

Esse tipo de projeção traz um pouco de ansiedade e nos coloca em uma zona de desconforto, até porque quando se pensava em máquinas no ambiente de trabalho, a imagem mais comum que vinha à mente eram os robôs no comando de linhas de produção. O fato é que a tecnologia não vai afetar apenas o chão de fábrica. Nenhuma carreira está totalmente a salvo da automação.

A boa notícia para nós, humanos, é que poucas ocupações – menos de 5% – são candidatas à automação completa. A maior parte das profissões tem potencial de automação parcial. Nesse sentido, as máquinas vão comandar as funções que envolvem coleta, processamento de dados e trabalho físico em ambientes altamente previsíveis, onde as transformações são relativamente fáceis de antecipar.

Já não é de hoje que o mercado de trabalho exige uma evolução contínua e constante. Segundo pesquisas, uma habilidade adquirida hoje terá, em média, cinco anos de validade no mercado. Em um passado recente, esse prazo era muito maior. Temos que implementar em tempo real conteúdos que desenvolvam as habilidades e competências que o mercado exige.

Autoconhecimento e inteligência emocional são habilidade fundamentais para o profissional do futuro, desde já é preciso colocar força naquilo que te diferencia, ampliar a visão de si mesmo, identificar potencialidades e pontos a serem desenvolvidos, clarificar seus desejos e objetivos, além de criar e desenvolver estratégias para atingir metas. Vale a pena, desde já, investir tempo e dedicação a estes itens e preparar-se emocionalmente para períodos de incertezas e transformações muito intensas.

Fonte:http://www.experht.com.br/mercado-de-trabalho-em-2030/